quinta-feira, 19 de março de 2009

Estréia chegando!!!



Na segunda-feira passada fizemos um ensaio para alguns convidados. Foi muito bacana e importante para o trabalho este contato prévio para ver como nós reagiríamos e como o público receberia. Apesar de estar com a voz um tanto fraca por uma rouquidão curitibana muito inoportuna, tivemos uma noite muito legal. Estar sozinhos na sala é uma coisa. Com gente espectando, outra. E é muito bom.


Estamos ansiosos com a questão de quantidade de público. O público virá? A estréia é amanhã/hoje! (rsrsrs) Chegou nossa hora. Esperamos vc, caro leitor lá.

Abaixo algumas fotos dos ensaios do final de semana passado e desta semana.














sábado, 14 de março de 2009

Um pouco de ensaios e reuniões

Chegando a estréia

Para ir ouvindo enquanto lê o blog:





O tempo passa e o dia da estréia se aproxima. E parece que é sempre aquela coisa: tanto ainda por se fazer e tão pouco tempo. Mas quanto tempo de fato se precisa? Há dias em que os ensaios não rendem. Concentração baixa, corpo cansado, garganta doída ou doida. Ensaiar a noite em meio de outros trabalhos não é muito fácil. Mas, por outro lado, há dias, ou deveria dizer noites, em que os ensaios decolam e rendem enormidades.

Em O BARBA-AZUL E A FILHA DO BARBA-AZUL, estamos absolutamente amarrados uns aos outros. Ensaiar com a ausência de um é como caminhar com apenas uma perna: a gente vai, mas o caminho é mais lento e cansativo. Mas há os limites de tempo e de corpo.
E nessas tensões finais, o que empolga mesmo é saber que logo, logo, o espetáculo estará acontecendo. E processos gostosos de trabalho embalam e fortalecem. Este trabalho, pra maioria de nós, nos põe novamente em cena. Em cena
e em exposição, no contato com o público.

E essa coisa de contato com o público é um assunto delicado, pelos rumos que as coisas às vezes tomam em espetáculos por aí. Não, não pediremos que o público faça gracinhas e micagens, não jogaremos água na platéia nem ficaremos perguntando coisas, expondo o público. Queremos um encontro. Estar perto, oferecer algo a quem vier. A exposição não será do público, será nossa. Portanto, quem não gosta de, como público, ser exposto no palco, não se preocupe. Queremos apenas o encontro, num subsolo, imersos numa história. E estaremos desarmados: sem recursos técnicos mirabolantes, caixas de som estonteantes. O que não for nossos corpos e nossas vozes, será a sala onde estaremos. E as paredes da sala ressoarão.

quinta-feira, 12 de março de 2009

desenhos do ensaio


Na última semana tivemos a presença de José Aguiar em um de nossos ensaios. Ele aproveitou a oportunidade para fazer alguns rabiscos. Quem quiser pode conferir o restante dos desenhos no Blog do José
http://joseaguiar.com.br/blog/

final de semana fizemos bons ensaios no próprio espaço do Kroeg

Aqui seguem algumas fotos dos ensaios do final de semana, no local.
Acertamos detalhes sobre a iluminação: tipos de lâmpada, opção por cor, ângulos.
Testamos a acústica até ao ponto da alma escapar do corpo.

Entramos em contato com a escada, vendo suas possibilidades físicas, corporais, sonoras, sua visibilidade e transparências.

quarta-feira, 11 de março de 2009


sábado, 7 de março de 2009

RÉPTEIS

O nome répteis deriva do modo de locomoção: as quatro patas (ausentes nas cobras) situam-se no mesmo plano do corpo, determinando o rastejamento do ventre no solo (do latim reptare = rastejar). Para a realização desses movimentos, apresentam músculos bem desenvolvidos.

Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar, com sucesso e definitivamente, o ambiente terrestre. Isto porque desenvolveram algumas características adaptativas, tais como: presença de casca calcária envolvendo o ovo e pele impermeável, seca, sem glândulas, revestida por escamas epidérmicas (nas cobras e lagartos), por placas córneas (nos crocodilos e jacarés) ou ainda por placas ósseas (nas tartarugas), formando uma carapaça que protege o animal contra a desidratação.

Alguns desses vertebrados apresentam dentes (cobras, crocodilos e jacarés), sendo que certas cobras têm presas inoculadoras de veneno. Associadas à presença de glândulas salivares modificadas em glândulas de veneno, essas presas caracterizam o que chamamos de cobras peçonhentas.
No ambiente terrestre, as variações de temperatura são maiores do que no ambiente aquático. Para manter a temperatura do corpo próximo à do ambiente, os répteis costumam recorrer a fontes externas de calor, como o sol ou a superfície quente de uma rocha. É comum ver répteis expostos ao sol durante o dia. O termo “lagartear” é aplicado às pessoa que preguiçosamente se deitam ao sol, a maneira dos lagartos.

Quando os répteis sentem-se muito aquecidos, geralmente procuram locais de sombra. Com esse comportamento mantêm a temperatura do corpo praticamente constante, em torno dos 37ºC.


quarta-feira, 4 de março de 2009

Michael Jackson - Barba-Azul

Partindo do processo da pesquisa sobre performance e espaço urbano, na véspera do dia dos namorados (2008) eu e Ismael resolvemos "invadir" um não-espaço (concepção de Marc Augé) - espaço de passagem entre casas comerciais: Rua XV de Novembro, shoppings. Nossa busca era resignificar estes não-lugares com a performance "Michael Jackson vai às compras".
Escolhemos como um ícone da padronização, usar uma máscara do Michael Jackson (branco e plastificado) e carregar muitas sacolas de lojas numa data em que o apelo ao consumismo aumenta, em um espaço entre locais de consumo, ao lado de transeuntes, também carregados de sacolas.
Foi interessante experienciar as várias formas de interação: beijos, chingamentos, perguntas, olhares curiosos, risos, comentários e depoimentos - um câmera-man (Rodrigo Stori) acompanhou toda a performance, ora escondido, ora filmando em frente ao público, quando muitos transeuntes resolveram comentar o acontecimento à câmera.
Esta busca pela ruptura do fluxo de um não-lugar, através da presença de corpos com uma máscara e sacolas foi, para mim, profunda, pois, ao mesmo tempo em que se deu o alteraçâo do espaço exterior, foi alterado o meu corpo orgânico em relação a este espaço. Digamos que este processo de transformação da percepção do espaço, seja alquímico.

Lúcia Helena Martins

a sonoplastia somos nós

Esta é uma parte da parte que mais gostamos do trabalho. Este vídeo é pra ouvir. A imagem é uma qualquer, do momento que a gente gravou o áudio pra ouvir. E é pelo som que este vídeo está aqui.

Mas a tentação era tão forte que ela não a conseguiu convencer. Ela segurou a pequena chave e, trêmula, abriu a porta do gabinete.

Na cara


O trabalho com maquiagem ocoreu ontem e hoje. Decidimos cores e concepções, testamos, pintamos. Devido a próximidade, podemos explorar detalhes de maquiagem muito sutís, diferente da maquiagem mais pesada e estilizada que muitas vezes um espetáculo exige para que seja percebida à distância pelo espectador. Como não há distância entre nossa pele e os olhos do público, precisamos encontrar a quantidade e a espessura apropriada ao nosso propósito. A maquiagem também se torna elemento importante na nossa cena, pois, uma vez que trabalharemos entre o público, na altura do público, dissolvidos no público, nossos rostos precisam de alguma forma ser rapidamente localizados. Em tudo isso, a questão reptiliana e a insistência da cor azul nos provocam. Ontem Fernanda e eu saímos a caça de material, cores e texturas interessantes. Testamos, decimos elementos importantes, tivemos irritação por conta do demaquilante... Hoje amadurecemos com Levi e Lúcia. E, felizmente, sem peles reptilianas irritadas na face.

terça-feira, 3 de março de 2009

Laboratório de Pesquisa


O BARBA-AZUL E A FILHA DO BARBA-AZUL está ligado ao Laboratório de Pesquisa do TUT - Teatro da Universidade Tecnológica. O projeto do Laboratório prevê a formação de um grupo de pessoas, artistas profissionais ou em processo de formação, que se reúne em torno de um tema anual. O primeiro grupo iniciou em 2006. O projeto de 2008 foi o primeiro que levou a uma realização cênica - aspecto não considerado essencial ao projeto. O tema de 2008 era performance e intervenção urbana que culminou com a performance Michael vai às compras, realizada na Rua XV de Novembro, em Curitiba, por Lúcia Helena Martins e Ismael Scheffler, em junho.


O projeto de 2009 está associado a realização cênica do Barba-Azul da Companhia do Teatro Submerso e engloba a pesquisa de exploração vocal e corporal como forma de ação sobre o público com a aproximação do performer ao público.

domingo, 1 de março de 2009

Uma perspectiva

No processo de evolução da vida surgiu aquilo que se auto-intitula ser humano.
E dentro deste ser humano, aquilo que a sua criação ciência perspectiva: muitos fragmentos nem tão conectados assim.
Alguns fragmentos mais próximos dos outros e meio inimigos dos outros: um cérebro reptiliano, outro cérebro mamífero e outro cérebro propriamente humano dentro daquilo que se identifica humano(?!).
Harmonia possível? Cada um com a sua...
Dentre tantas possíveis talvez barba azul tenha encontrado a sua harmonia armando estratégias lógicas para obter sucesso em algo muito primitivo para animais racionais ou não: cortejar, empoderar, copular e matar.

Acertando detalhes do espaço no Kroeg

Nesta semana estivemos novamente no Kroeg acertando detalhes. O espaço está com um exposição muito bacana utilizando luz negra que será desmontada dia 08 de março. Daí o espaço fica sendo todo nosso. Decidimos definitivamente as cores das paredes, do chão e do teto. A sala será completamente vazia de cenografia ou de qualquer tipo de equipamento que não seja parte natural da sala nua. Permanecerá a escada de ferro em caracol, que é fixa, e a iluminação básica - pois afinal, pra se ver, precisa-se de luz. Ah, quer dizer, na segunda parte da peça utilizaremos algo sim, de entrada rápida, que também faz parte do bar. Ops, tô contando demais...

Nosso público total será de apenas 75 pessoas, nas cinco apresentações. Ou seja, vagas limitadas... e os ingressos já estão à venda na bilheteria do FRINGE.

Aí está o link no site do Festival. Mas o elenco divulgado está errado. Patricia e Mari não participam da montagem. Bem que se queria, mas não rolou. E tá faltando a Fernanda Bauckat lá. Fernanda e éu temos história antiga. Foi atriz de minha primeira direção, nos idos do século passado, em 1998.

Confira: http://www.festivaldecuritiba.com.br/servlet/DetalhesEventoController?state=1&codEvento=1184