Há 2 anos
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Performatividade, liminiaridade - Austin, Turner e Artaud
A enunciação do texto é elemento central para esta proposta. Muito mais que a contação destas histórias antigas, nossa proposta era de encontrar a partir e dentro delas, uma forma de estabelecer um tipo específico de relação com o público. Para nós, não importa apenas as palavras e o que elas comunicam. Buscamos alguns pontos nos quais possamos experimentar o que Austin chama de performatividade e que Artaud tão vanguardisticamente chamou de materialidade concreta das palavras. Importa não apenas o sentido da palavra, não só o que expressa, mas o potencial da palavra como objeto. Perceber e explorar as formas como o corpo traz a existência determinadas ações e evoca determinadas reações. Ir além do significado. Provocar, evocar. Atingir um outro âmbito na relação com o espectador.
A história e as sucessões dos fatos o espectador pode ler em sua casa. Mas a apreensão pela vivência da história habita um liminar, uma zona de experiência que captura e gera uma leitura que antes de emocional ou intelectual, é física. Segundo Turner, o espaço de liminaridade surge pela tensão que se estabelece entre a relação do ator com o espectador. Entregues cruamente a uma arena de olhares na proximidade dos corpos, os atores evocam sensorialmente na relação com o espaço, formas materiais de atingir sem mediações o espectador. O espectador, exposto aos olhares dos outros espectadores e também dos atores, se vê impedido de esgueirar-se, de se ocultar. Seu corpo rouba um espaço que também é desejado para o performer. Atrito. Não se espera que o espectador simplesmente desapareça. É exigida sua presença corporal. É determinada uma condição de certa forma opressora, já que não passível de outra escolha, de ele se relacionar com o acontecimento. As relações são intensas.
Neste trabalho, o local físico imprime ao encontro, ao confronto e ao texto uma carga não apenas semântica, mas de estado. Todos são postos num local que gera um estado. Os ecos, o calor, a limpeza imprimem irrefutavelmente um estado de existência. Esta sala também impõe um estado cru e cruel de explicitação de todos os recursos. Não é possível ocultar o suor do rosto, o furo da saia, o esmalte borrado das unhas. O trabalho dos atores não é ocultado nem ao menos pelas personagens que são esboçadas no encontro. As personagens, se se materializam no corpos dos atores, não se fixam, uma vez que Barba-Azul ou Fatma transitam de um performer ao outros em frações de segundos e são vistos, sem se manter, em apenas frações de segundos. Estas personagens, e outras, não chegam a habitar os atores, que em momentos falam pelas personagens indistintamente do gênero, da unidade ou pluralidade. O ator não assume fixamente nem o protagonista nem o antagonista das tramas. Estes coexistem num mesmo corpo sem habitá-lo. Não é a vivência do sofrimento da personagem que usamos para chegar no observador - é a materialidade física do som e do espaço.
Nada além do que os atores dispõem em si serve ao encontro. Apenas seus corpos, suas vozes, sua respiração, sua memória, o jogo de harmonia que estabeleceram previamente e o espaço que acolhe e envolve com suas estruturas (parede, teto, escada de ferro, interior e exterior). Todo jogo é revelado e está aos olhos e à pele do espectador. Mais do que criar cenários sonoros, a destruição de palavras ou a associação de sons não figurativos evocam emanações físicas nos moradores deste locus – atuantes e observadores. As ações corpóreo-vocálica-sonora-cinéticas despertam relacionamentos que não permitem a nenhum destes moradores estar em outra posição além de corporificar na imolação (atuante) ou no assalto(observador). É uma operação num buraco, numa quebra do meramente racional, no comodamente alheio. O observador é posto em atrito e, ao mesmo tempo que observado, deflagra qualquer tentativa de omissão do outro (tanto do observador quanto do atuante).
Se o ato de contar uma história para uma criança implica em bem mais do que descrever ações, entrar na sala-porão-piscina-caixa-esconderijo implica bem mais do que assistir um espetáculo ou ouvir uma história, mas num encontro no qual a apreensão sobrepuja a razão e a emoção.
A história e as sucessões dos fatos o espectador pode ler em sua casa. Mas a apreensão pela vivência da história habita um liminar, uma zona de experiência que captura e gera uma leitura que antes de emocional ou intelectual, é física. Segundo Turner, o espaço de liminaridade surge pela tensão que se estabelece entre a relação do ator com o espectador. Entregues cruamente a uma arena de olhares na proximidade dos corpos, os atores evocam sensorialmente na relação com o espaço, formas materiais de atingir sem mediações o espectador. O espectador, exposto aos olhares dos outros espectadores e também dos atores, se vê impedido de esgueirar-se, de se ocultar. Seu corpo rouba um espaço que também é desejado para o performer. Atrito. Não se espera que o espectador simplesmente desapareça. É exigida sua presença corporal. É determinada uma condição de certa forma opressora, já que não passível de outra escolha, de ele se relacionar com o acontecimento. As relações são intensas.
Neste trabalho, o local físico imprime ao encontro, ao confronto e ao texto uma carga não apenas semântica, mas de estado. Todos são postos num local que gera um estado. Os ecos, o calor, a limpeza imprimem irrefutavelmente um estado de existência. Esta sala também impõe um estado cru e cruel de explicitação de todos os recursos. Não é possível ocultar o suor do rosto, o furo da saia, o esmalte borrado das unhas. O trabalho dos atores não é ocultado nem ao menos pelas personagens que são esboçadas no encontro. As personagens, se se materializam no corpos dos atores, não se fixam, uma vez que Barba-Azul ou Fatma transitam de um performer ao outros em frações de segundos e são vistos, sem se manter, em apenas frações de segundos. Estas personagens, e outras, não chegam a habitar os atores, que em momentos falam pelas personagens indistintamente do gênero, da unidade ou pluralidade. O ator não assume fixamente nem o protagonista nem o antagonista das tramas. Estes coexistem num mesmo corpo sem habitá-lo. Não é a vivência do sofrimento da personagem que usamos para chegar no observador - é a materialidade física do som e do espaço.
Nada além do que os atores dispõem em si serve ao encontro. Apenas seus corpos, suas vozes, sua respiração, sua memória, o jogo de harmonia que estabeleceram previamente e o espaço que acolhe e envolve com suas estruturas (parede, teto, escada de ferro, interior e exterior). Todo jogo é revelado e está aos olhos e à pele do espectador. Mais do que criar cenários sonoros, a destruição de palavras ou a associação de sons não figurativos evocam emanações físicas nos moradores deste locus – atuantes e observadores. As ações corpóreo-vocálica-sonora-cinéticas despertam relacionamentos que não permitem a nenhum destes moradores estar em outra posição além de corporificar na imolação (atuante) ou no assalto(observador). É uma operação num buraco, numa quebra do meramente racional, no comodamente alheio. O observador é posto em atrito e, ao mesmo tempo que observado, deflagra qualquer tentativa de omissão do outro (tanto do observador quanto do atuante).
Se o ato de contar uma história para uma criança implica em bem mais do que descrever ações, entrar na sala-porão-piscina-caixa-esconderijo implica bem mais do que assistir um espetáculo ou ouvir uma história, mas num encontro no qual a apreensão sobrepuja a razão e a emoção.
sábado, 28 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
Estréia chegando!!!
Na segunda-feira passada fizemos um ensaio para alguns convidados. Foi muito bacana e importante para o trabalho este contato prévio para ver como nós reagiríamos e como o público receberia. Apesar de estar com a voz um tanto fraca por uma rouquidão curitibana muito inoportuna, tivemos uma noite muito legal. Estar sozinhos na sala é uma coisa. Com gente espectando, outra. E é muito bom.
Estamos ansiosos com a questão de quantidade de público. O público virá? A estréia é amanhã/hoje! (rsrsrs) Chegou nossa hora. Esperamos vc, caro leitor lá.
Abaixo algumas fotos dos ensaios do final de semana passado e desta semana.
sábado, 14 de março de 2009
Chegando a estréia
Para ir ouvindo enquanto lê o blog:
O tempo passa e o dia da estréia se aproxima. E parece que é sempre aquela coisa: tanto ainda por se fazer e tão pouco tempo. Mas quanto tempo de fato se precisa? Há dias em que os ensaios não rendem. Concentração baixa, corpo cansado, garganta doída ou doida. Ensaiar a noite em meio de outros trabalhos não é muito fácil. Mas, por outro lado, há dias, ou deveria dizer noites, em que os ensaios decolam e rendem enormidades.
Em O BARBA-AZUL E A FILHA DO BARBA-AZUL, estamos absolutamente amarrados uns aos outros. Ensaiar com a ausência de um é como caminhar com apenas uma perna: a gente vai, mas o caminho é mais lento e cansativo. Mas há os limites de tempo e de corpo.
E nessas tensões finais, o que empolga mesmo é saber que logo, logo, o espetáculo estará acontecendo. E processos gostosos de trabalho embalam e fortalecem. Este trabalho, pra maioria de nós, nos põe novamente em cena. Em cena
e em exposição, no contato com o público.
E essa coisa de contato com o público é um assunto delicado, pelos rumos que as coisas às vezes tomam em espetáculos por aí. Não, não pediremos que o público faça gracinhas e micagens, não jogaremos água na platéia nem ficaremos perguntando coisas, expondo o público. Queremos um encontro. Estar perto, oferecer algo a quem vier. A exposição não será do público, será nossa. Portanto, quem não gosta de, como público, ser exposto no palco, não se preocupe. Queremos apenas o encontro, num subsolo, imersos numa história. E estaremos desarmados: sem recursos técnicos mirabolantes, caixas de som estonteantes. O que não for nossos corpos e nossas vozes, será a sala onde estaremos. E as paredes da sala ressoarão.
O tempo passa e o dia da estréia se aproxima. E parece que é sempre aquela coisa: tanto ainda por se fazer e tão pouco tempo. Mas quanto tempo de fato se precisa? Há dias em que os ensaios não rendem. Concentração baixa, corpo cansado, garganta doída ou doida. Ensaiar a noite em meio de outros trabalhos não é muito fácil. Mas, por outro lado, há dias, ou deveria dizer noites, em que os ensaios decolam e rendem enormidades.
Em O BARBA-AZUL E A FILHA DO BARBA-AZUL, estamos absolutamente amarrados uns aos outros. Ensaiar com a ausência de um é como caminhar com apenas uma perna: a gente vai, mas o caminho é mais lento e cansativo. Mas há os limites de tempo e de corpo.
E nessas tensões finais, o que empolga mesmo é saber que logo, logo, o espetáculo estará acontecendo. E processos gostosos de trabalho embalam e fortalecem. Este trabalho, pra maioria de nós, nos põe novamente em cena. Em cena
e em exposição, no contato com o público.
E essa coisa de contato com o público é um assunto delicado, pelos rumos que as coisas às vezes tomam em espetáculos por aí. Não, não pediremos que o público faça gracinhas e micagens, não jogaremos água na platéia nem ficaremos perguntando coisas, expondo o público. Queremos um encontro. Estar perto, oferecer algo a quem vier. A exposição não será do público, será nossa. Portanto, quem não gosta de, como público, ser exposto no palco, não se preocupe. Queremos apenas o encontro, num subsolo, imersos numa história. E estaremos desarmados: sem recursos técnicos mirabolantes, caixas de som estonteantes. O que não for nossos corpos e nossas vozes, será a sala onde estaremos. E as paredes da sala ressoarão.
quinta-feira, 12 de março de 2009
desenhos do ensaio
final de semana fizemos bons ensaios no próprio espaço do Kroeg
Aqui seguem algumas fotos dos ensaios do final de semana, no local.
Acertamos detalhes sobre a iluminação: tipos de lâmpada, opção por cor, ângulos.
Entramos em contato com a escada, vendo suas possibilidades físicas, corporais, sonoras, sua visibilidade e transparências.
quarta-feira, 11 de março de 2009
sábado, 7 de março de 2009
RÉPTEIS
O nome répteis deriva do modo de locomoção: as quatro patas (ausentes nas cobras) situam-se no mesmo plano do corpo, determinando o rastejamento do ventre no solo (do latim reptare = rastejar). Para a realização desses movimentos, apresentam músculos bem desenvolvidos.
Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar, com sucesso e definitivamente, o ambiente terrestre. Isto porque desenvolveram algumas características adaptativas, tais como: presença de casca calcária envolvendo o ovo e pele impermeável, seca, sem glândulas, revestida por escamas epidérmicas (nas cobras e lagartos), por placas córneas (nos crocodilos e jacarés) ou ainda por placas ósseas (nas tartarugas), formando uma carapaça que protege o animal contra a desidratação.
Alguns desses vertebrados apresentam dentes (cobras, crocodilos e jacarés), sendo que certas cobras têm presas inoculadoras de veneno. Associadas à presença de glândulas salivares modificadas em glândulas de veneno, essas presas caracterizam o que chamamos de cobras peçonhentas.
No ambiente terrestre, as variações de temperatura são maiores do que no ambiente aquático. Para manter a temperatura do corpo próximo à do ambiente, os répteis costumam recorrer a fontes externas de calor, como o sol ou a superfície quente de uma rocha. É comum ver répteis expostos ao sol durante o dia. O termo “lagartear” é aplicado às pessoa que preguiçosamente se deitam ao sol, a maneira dos lagartos.
Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar, com sucesso e definitivamente, o ambiente terrestre. Isto porque desenvolveram algumas características adaptativas, tais como: presença de casca calcária envolvendo o ovo e pele impermeável, seca, sem glândulas, revestida por escamas epidérmicas (nas cobras e lagartos), por placas córneas (nos crocodilos e jacarés) ou ainda por placas ósseas (nas tartarugas), formando uma carapaça que protege o animal contra a desidratação.
Alguns desses vertebrados apresentam dentes (cobras, crocodilos e jacarés), sendo que certas cobras têm presas inoculadoras de veneno. Associadas à presença de glândulas salivares modificadas em glândulas de veneno, essas presas caracterizam o que chamamos de cobras peçonhentas.
No ambiente terrestre, as variações de temperatura são maiores do que no ambiente aquático. Para manter a temperatura do corpo próximo à do ambiente, os répteis costumam recorrer a fontes externas de calor, como o sol ou a superfície quente de uma rocha. É comum ver répteis expostos ao sol durante o dia. O termo “lagartear” é aplicado às pessoa que preguiçosamente se deitam ao sol, a maneira dos lagartos.
Quando os répteis sentem-se muito aquecidos, geralmente procuram locais de sombra. Com esse comportamento mantêm a temperatura do corpo praticamente constante, em torno dos 37ºC.
sexta-feira, 6 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Michael Jackson - Barba-Azul
Partindo do processo da pesquisa sobre performance e espaço urbano, na véspera do dia dos namorados (2008) eu e Ismael resolvemos "invadir" um não-espaço (concepção de Marc Augé) - espaço de passagem entre casas comerciais: Rua XV de Novembro, shoppings. Nossa busca era resignificar estes não-lugares com a performance "Michael Jackson vai às compras".
Escolhemos como um ícone da padronização, usar uma máscara do Michael Jackson (branco e plastificado) e carregar muitas sacolas de lojas numa data em que o apelo ao consumismo aumenta, em um espaço entre locais de consumo, ao lado de transeuntes, também carregados de sacolas.
Foi interessante experienciar as várias formas de interação: beijos, chingamentos, perguntas, olhares curiosos, risos, comentários e depoimentos - um câmera-man (Rodrigo Stori) acompanhou toda a performance, ora escondido, ora filmando em frente ao público, quando muitos transeuntes resolveram comentar o acontecimento à câmera.
Esta busca pela ruptura do fluxo de um não-lugar, através da presença de corpos com uma máscara e sacolas foi, para mim, profunda, pois, ao mesmo tempo em que se deu o alteraçâo do espaço exterior, foi alterado o meu corpo orgânico em relação a este espaço. Digamos que este processo de transformação da percepção do espaço, seja alquímico.
Lúcia Helena Martins
Partindo do processo da pesquisa sobre performance e espaço urbano, na véspera do dia dos namorados (2008) eu e Ismael resolvemos "invadir" um não-espaço (concepção de Marc Augé) - espaço de passagem entre casas comerciais: Rua XV de Novembro, shoppings. Nossa busca era resignificar estes não-lugares com a performance "Michael Jackson vai às compras".
Escolhemos como um ícone da padronização, usar uma máscara do Michael Jackson (branco e plastificado) e carregar muitas sacolas de lojas numa data em que o apelo ao consumismo aumenta, em um espaço entre locais de consumo, ao lado de transeuntes, também carregados de sacolas.
Foi interessante experienciar as várias formas de interação: beijos, chingamentos, perguntas, olhares curiosos, risos, comentários e depoimentos - um câmera-man (Rodrigo Stori) acompanhou toda a performance, ora escondido, ora filmando em frente ao público, quando muitos transeuntes resolveram comentar o acontecimento à câmera.
Esta busca pela ruptura do fluxo de um não-lugar, através da presença de corpos com uma máscara e sacolas foi, para mim, profunda, pois, ao mesmo tempo em que se deu o alteraçâo do espaço exterior, foi alterado o meu corpo orgânico em relação a este espaço. Digamos que este processo de transformação da percepção do espaço, seja alquímico.
Lúcia Helena Martins
a sonoplastia somos nós
Esta é uma parte da parte que mais gostamos do trabalho. Este vídeo é pra ouvir. A imagem é uma qualquer, do momento que a gente gravou o áudio pra ouvir. E é pelo som que este vídeo está aqui.
Mas a tentação era tão forte que ela não a conseguiu convencer. Ela segurou a pequena chave e, trêmula, abriu a porta do gabinete.
Na cara
O trabalho com maquiagem ocoreu ontem e hoje. Decidimos cores e concepções, testamos, pintamos. Devido a próximidade, podemos explorar detalhes de maquiagem muito sutís, diferente da maquiagem mais pesada e estilizada que muitas vezes um espetáculo exige para que seja percebida à distância pelo espectador. Como não há distância entre nossa pele e os olhos do público, precisamos encontrar a quantidade e a espessura apropriada ao nosso propósito. A maquiagem também se torna elemento importante na nossa cena, pois, uma vez que trabalharemos entre o público, na altura do público, dissolvidos no público, nossos rostos precisam de alguma forma ser rapidamente localizados. Em tudo isso, a questão reptiliana e a insistência da cor azul nos provocam. Ontem Fernanda e eu saímos a caça de material, cores e texturas interessantes. Testamos, decimos elementos importantes, tivemos irritação por conta do demaquilante... Hoje amadurecemos com Levi e Lúcia. E, felizmente, sem peles reptilianas irritadas na face.
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